Amanhecer dourado

Soneto do Despertar na Mata A mata dorme ainda sob o véu da bruma, Mas no horizonte a aurora já se insinua. Um fio de ouro tênue a treva consuma, E a luz, por entre galhos, tênue flutua. Os raios iniciais, em feixes de esplendor, Beijam a copa alta, pintam cada flor. Desperta a vida em prece, suave rumor, Cantando em notas tímidas o novo alvor. Na umidade do chão, o musgo agora brilha, Enquanto a sombra longa, enfim, se aniquila, Revelando segredos que a noite ocultou. A floresta respira, em calma e em luz, Um novo dia nasce, a paz nos conduz, No espetáculo simples que a alma orvalhou.