Musa





A Musa Inesperada


O corpo juvenil repousa na trançada rede,

No entardecer que a luz em ouro cede.

Suspira o vento brando, a tarde não impede

Que o olhar se lance ao alto, onde a cor se arremede.


Pinceladas de rubro e anil o céu compõem,

Enquanto sombras longas no jardim se dispõem.

No silêncio macio que os sons já consomem,

Os pensamentos soltos em melodia se reompõem.


De súbito, entre galhos nus, ou nuvem branda,

Desenha-se no espaço, forma que comanda

Um ritmo mudo, um acorde a despontar...


A curva de madeira, as cordas invisíveis,

Num quadro natural de traços sensíveis,

Musa lúdica a inspirar no seu mirar.

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